segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Sobre ser escravo...

"Quem vive segundo a carne tem a mente voltada para o que a carne deseja; mas quem vive de acordo com o Espírito, tem a mente voltada para o que o Espírito deseja." (Romanos 8.5)

Sabe, existe um argumento (para não dizer desculpa) utilizado principalmente pelos jovens da igreja que me incomoda demais. Me entristeço ao ver e ouvir pessoas que se dizem "viver pelo espírito" apenas para justificar algumas atitudes que escandalizam a igreja.

O que eu tenho visto são jovens que, por não quererem abandonar as práticas do velho homem, estão tentando justificar suas atitudes para confrontar aqueles a quem deveriam se unir.

Durante algum tempo, eu tive receio de ser tido como "legalista" por ter esse posicionamento, mas eu tenho sentido a urgência do nosso tempo. Temo, pois vejo que muitos jovens estão trilhando um caminho de rebeldia. Um caminho que os torna cada vez mais iguais ao mundo e diferentes de Cristo. Muitos até rejeitam ser denominados cristãos, e se dizem discípulos de Jesus. Mas pode alguém ser discípulo sem conhecer de fato a vontade de seu mestre?

Falo isso porque a santificação tem sido deixada de lado. Ser santo é ser separado, é você ofertar a sua vida a Deus. Quando você prefere utilizar palavras sóbrias ao invés de palavrões, você está se ofertando a Deus. Quando você rejeita ir para festas onde os seus amigos enchem a cara e "pegam geral", você está se ofertando para Deus. Quando você evita uma discussão com seus pais, independente de quem está certo ou errado, você está se ofertando a Deus.

Se você costuma passar por aqui, já deve ter notado que eu me atenho muito a esse assunto. Isso está acontecendo porque eu me entristeço com o fato de que essa não é uma palavra para os não-convertidos, mas para os da fé.

Eu fico triste porque tenho visto a conivência até mesmo das igrejas, com "doutrinas" que toleram esse comportamento. Isso está formando uma geração despreparada para a batalha. São como soldados que se rendem ao inimigo com alegria nos corações... e isso é triste.

É triste ver soldados que têm prazer em ser escravos. É como está escrito, ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro (Mateus 6.24). Ninguém que vive pelo espírito faz a vontade da carne... pois o que faz a vontade da carne é escravo dela.

Eu creio que chegará o dia em que nós estaremos diante da face do Senhor, e que nesse dia nós Lhe mostraremos as nossas mãos. E todas as nossas obras serão reveladas. Todas, sem excessão de nenhuma. Desde os nossos menores hábitos até as nossas atitudes mais chamativas.

Por acaso você quer chegar diante d'Ele e ter correntes em suas mãos?

Ser santo é ser livre...

Um comentário:

Elaine disse...

Ô, meu amado André...

Seu comentário sobre ver em mim o desejo da santidade casa direitinho com essa mensagem linda que você acaba de publicar.

De fato, Jesus nos alertou desde o começo que alguns de nós teríamos que enfrentar conflito e divisão até com as pessoas que mais amamos, por amor a Ele. Às vezes, o maior obstáculo no caminho para seguir Jesus são as pessoas mais próximas, que vivem um falso Evangelho ou não admitem a cruz. Mas nesse conflito entre o bem e o mal, entre luz e trevas, não pode haver meio termo. Não há espaço para território neutro. O inimigo não aceitará nada menos que nossa total destruição. E Jesus não admite nada menos que nossa plena salvação.

Importa, pois, que persigamos a santificação, a regeneração, a libertação pelna em Cristo, ou caminharemos toda essa estrada pedregosa do Evangelho [indo à igreja e cumprindo nossas obrigações de congregados], mas chegaremos ao final dela sem Jesus.

Só o Senhor, mesmo, para me ajudar nessa missão. Esse realmente tem sido o meu objetivo, o qual, tenho certeza, devo perseguir até o último segundo da minha vida, como se nunca o tivesse alcançado.

Bom ter encontrado você nesse caminho também! Isso me fortalece e anima, pois mostra que não estou sozinha nessa luta para viver Hebreus 12.14.

Beijão bem grandão, com o amor fraternal de Cristo Jesus, nosso modelo absoluto da santidade e perfeição.

Elaine Cândida