segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Sobre estar firme...


A cada dia que passa, vejo o quanto as coisas desse mundo não têm valor nenhum. Nada nem ninguém valem a pena. Não existe nada nesse mundo que te recompense da maneira como Deus recompensa. Alias, nada nesse mundo é capaz de te recompensar por qualquer esforço que você possa fazer. Por isso que nosso coração deve estar totalmente voltado para o Senhor, firme n'Ele. Por isso que devemos estar sempre atentos a Sua voz... Por isso que devemos apenas fazer a vontade d'Ele.

Como estou usando palavras como "recompensa" e "esforço", você pode estar pensando que estou falando de algum jogo de interesse. Mas isso não é verdade, me refiro a dedicação de vida. Me refiro ao sentido da vida, entende? Me refiro ao fato de termos um olhar sóbrio quanto aos nossos objetivos. Sobre termos maturidade para discernir aquilo que vale a pena para a nossa vida e o que não vale. E para isso, precisamos essencialmente do Senhor.

A vida nesse mundo e seus cuidados, as pessoas, as coisas... nada disso traz satisfação quando são buscados e alcançados. As solicitudes desta vida apenas nos decepcionam, nos deixam desnorteados. Viver a vida que este mundo quer que a gente viva é viver preso em um labirinto. Buscar as coisas dessa vida nos afasta do real propósito para o qual fomos criados. Deus nos criou com um motivo e esse motivo é revelado a cada um pelo seu próprio Criador.

Que Deus lhe faça compreender qual o seu propósito... que você venha a entender qual é a sua identidade n'Ele, pois caminhar e descobrir que cada passo dado foi em vão traz amargura a alma, impedindo o Espírito de agir em sua vida. Que nós venhamos a nos focar naquilo que vem do alto e não no está nessa terra. Creia, pois a sua fé equivale às suas mãos... então agarre-se ao Senhor, creia! Que o Senhor nos revele o significado da mensagem da Cruz em nossas vidas. A morte do Cordeiro não foi em vão.

Talvez você não esteja entendendo nenhuma dessas palavras, mas saiba que o Senhor tem um motivo para te trazer até aqui. Não importa se a tempestade já foi anunciada, permaneça firme em Deus... Permaneça firme sobre a Rocha e você não irá perecer. Essa não é mais uma dessas mensagens inspiradas por umas dessas teologias que nós vemos por aí. Não, essa é a vontade de Deus para todos os Seus filhos. Que nós, como filhos, venhamos a nos achegar mais perto do Pai, buscando as Suas asas para a nossa proteção.

Há uma pregação no CD mais recente do Ministério Livres Para Adorar que tem mexido muito comigo. Essa pregação está dividida em duas partes abaixo. Ouça, por favor.

Que Deus esteja sempre com você, lhe guiando e não permitindo que você entre nos labirintos da vida...

Paz!

Para que outros possam viver
Parte 1


Parte 2

sábado, 3 de outubro de 2009

Sobre... será que estou sobre mesmo?


" Contudo, quando avaliei tudo o que as minhas mãos haviam feito e o trabalho que eu tanto me esforçara para realizar, percebi que tudo foi inútil, foi correr atrás do vento; não há nenhum proveito no que se faz debaixo do sol." (Eclesiastes 2.11)

Quando você era criança, o que você respondia quando te perguntavam "o que você quer ser quando crescer?"

Bem, falando por mim, desde pequeno que eu sempre tive um gosto pelo chamado "mundo dos negócios". Confesso que eu tinha aquele sonho meio burguês de sair de terno e gravata pra trabalhar, mas não sem antes da um beijinho de despedida na minha linda esposa que, momentos antes, havia preparado um delicioso café da manhã para mim. Eu sonhava com reuniões de negócios, queria ter uma sala grande o suficiente para comportar a minha mesa de trabalho. Sim, eu sonhava com cargos imponentes e altos salários. Sonhava também com uma casa bem espaçosa e com o seu gramado que, de tão verde, parecia pintado a mão (e às vezes ele era, porque eu gostava de desenhar essas coisas quando pequeno rsrs).

Mas recentemente aconteceu algo comigo. Eu participei da minha primeira reunião de trabalho e, para a minha surpresa, o que parecia ser o estar perto de realizar um sonho, me pareceu mais o "ser um barco vazio à deriva". A reunião em si foi bastante proveitosa para a trabalho, mas o meu espírito não aproveitou nada daquilo que foi discutido. Entendam, meu objetivo não é falar mal do meu emprego (pra longe de mim isso, até porque eu gosto muito das funções que exerço), mas sim mostrar o quanto Deus deve estar presente em TUDO na nossa vida.

Ao sair dessa reunião, fiquei pensando sobre os propósitos do Senhor em me colocar nesse meio. Alias, isso não é só sobre mim, mas acho que isso se estende a todo o povo d'Ele. Agora a pouco, eu estava trocando de canal e estava reprisando na TV a entrevista do Pr. Silas Malafaia com o Morris Cerullo. E, como há um tempinho atrás eu vi um burburinho na Internet sobre essa entrevista, eu quis assistir. Fiquei indignado com certas coisas que ouvi esse homem pregar.

Em meio àquele discurso sobre vitória financeira, sobre prosperidade, sobre o cavalo preto relatado em Apocalipse 6.5 (ele diz que esse cavalo virá para julgar a vida financeira das pessoas), me veio a lembrança aquilo que está escrito em João 6.27, que diz assim:

"Não trabalhem pela comida que se estraga, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem lhes dará. Deus, o Pai, nele colocou o seu selo de aprovação."

Acho que somente essas palavras de Jesus fazem ruir toda a chamada teologia da prosperidade. Mas o meu foco nessa nova conversa também não é combater as vertentes teológicas existentes por aí. Sinceramente, queria falar sobre o meu coração. O Senhor tem falado coisas ao meu coração que me fazem duvidar da minha maturidade para viver o que Ele quer me ensinar.

Sabe, a nossa natureza carnal é muito apegada ao que temos, principalmente quando se trata daquilo que temos certeza de que foi dado por Deus. Há alguns meses, o Senhor ministrou em meu coração sobre a oferta de Isaque ao Senhor por Abraão. Deus havia pedido a Abraão aquilo que ele esperara por tanto tempo, um filho de sua mulher Sara.

Se você quiser ler mais sobre isso, basta procurar a conversa sobre uma decisão (ou clique aqui).

Precisamos nos entregar a Jesus por inteiro, abrindo mão de tudo por Ele (sobre isso, leia o capítulo 9 do evangelho de Lucas, do versículo 57 ao 62).

Ao ser pedido por Deus, Abraão se dispôs a entregar seu próprio filho por Amor ao Senhor. Ninguém sabe o que se passou no coração de Abraão, mas sabemos que ele entregou. E foi recompensado por Deus, por que Ele se agradou do coração de Abraão. Deus, no último instante, ordenou ao contrário a Abraão, e o recompensou com a continuidade da vida de Isaque (Gênesis 22.7-14).

Talvez você ache loucura eu dizer que a reconpensa de Deus foi algo que Abraão já possuia (seu filho), mas é justamente isso que acredito que Deus espera de nós venhamos a entender. Tenho sentido que entregar a Deus não significa perder, pelo contrário, significa ganhar, e ganhar muito mais. Com essa entrega, Abraão ganhou a certeza de que agradava ao seu verdadeiro Pai. É o que vemos em Gênesis 22.12, quando Deus diz a Abraão que a partir daquele momento soube que ele temia verdadeiramente ao Senhor Deus. Do que adiantaria ter um linda esposa, filhos e terras, se Abraão na agradasse a Deus?

Do que adianta para um homem trabalhar o dia inteiro, atingir os mais altos níveis de graduação acadêmica e de conhecimento intelectual, nadar em rios de dinheiro, ter uma esposa e filhos perfeitos, possuir casas e fazendas... ser dono da metade do mundo? Do que adianta ele possuir tudo isso, se ele não estiver com sua vida entregue nas mãos de Deus? Do que adianta sonhar com todas essas coisas passageiras? Tudo isso é vazio porque passa. Nada disso é eterno, só o Senhor Jesus é o Eterno.

Entregar a nossa vida ao Senhor não significa também viver na miséria, tendo que fazer um "jejum forçado" todos os dias. Entregar nossa vida a Deus significa reconhecer que Ele é maior que todas essa coisas. Sabe, um belo dia você se aposenta e o trabalho acaba (alias, é uma maldade fazer uma pessoa trabalhar a vida inteira e ela só poder ter tempo para aproveita-la quando já está perto da morte), você envelhece e esquece tudo o que aprendeu, o dinheiro é o mais efêmero de todos os bens da vida e os filhos crescem e vão embora, Mas Deus permanece do seu lado.

Quando nosso tempo se cumprir nessa terra, quem ira nos recepcionar? Nossas esposas ou maridos? Não, Jesus! É Ele quem espera por nós.

Quando estava saindo daquela reunião no trabalho, estava pensando nessas coisas. Estar sobre a Rocha é permanecer n'Ele, independente do que há de vir. As ondas não são maiores do que Deus. Tenho aprendido que, o que Ele me pedir, devo entregar a Ele, sem me firmar nem me acomodar com as coisas passageiras dessa vida.

Engraçado, há um mês e meio atrás eu postei aqui uma canção da Vineyard, e hoje me lembrei de outra que fala justamente sobre isso. Vamos deixar tudo aos pés da cruz, vamos entregar tudo a Ele.



"Senhor, receba minha vida em Tuas mãos. Eu Lhe entrego tudo aquilo que tenho, tudo o que na verdade nunca pertenceu a mim, mas tudo o que sempre veio de Ti. Em nome de Jesus, o Eterno e mais suficiente Salvador das nossas vidas. Amém."

Fiquem na Paz, e que o Senhor seja com vocês... sempre!

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Sobre a oração de Ana...

"Então Ana orou assim:
'Meu coração exulta no SENHOR; no SENHOR minha força é exaltada. Minha boca se exalta sobre os meus inimigos, pois me alegro em tua libertação.
Não há ninguém santo como o SENHOR; não há outro além de Ti; não há rocha alguma como o nosso Deus.
Não falem tão orgulhosamente, nem saia de suas bocas tal arrogância, pois o SENHOR é Deus sábio; é Ele quem julga os atos dos homens.
O arco dos fortes é quebrado, mas os fracos são revestidos de força.
Os que tinham muito, agora trabalham por comida, mas os que estavam famintos, agora não passam fome. A que era estéril deu à luz sete filhos, mas a que tinha muitos filhos ficou sem vigor.
O SENHOR mata e preserva a vida; Ele faz descer à sepultura e dela resgata.
O SENHOR é que dá pobreza e riqueza; Ele humilha e exalta.
Levanta do pó o necessitado e do monte de cinzas ergue o pobre; Ele os faz sentar-se com príncipes e lhes dá lugar de honra.
Pois os alicerces da terra são do SENHOR; sobre eles estabeleceu o mundo.
Ele guardará os pés dos Seus santos, mas os ímpios serão silenciados nas trevas, pois não é pela força que o homem prevalece.
Aqueles que se opõem ao SENHOR serão despedaçados. Ele trovejará do céu contra eles; até os confins da terra.
Ele dará poder a seu rei e exaltará a força do seu ungido.'" (I Samuel 2.1-10)




Desde sempre, quando eu ouço falar sobre a oração de Ana, me lembro logo de I Samuel 1. Sempre vem a minha cabeça a imagem de uma mulher prostrada diante da entrada do santuário do Senhor, chorando rios de lágrimas, clamando por um milagre de Deus. Sei que não posso falar pelos outros, mas acredito que isso também deva acontecer com você. Quando lembro de Ana, mãe do profeta Samuel, lembro de uma mulher humilhada por ser estéril, por não poder gerar filhos... por ser uma árvore que não consegue dar frutos.

Como nos ensinam nas igrejas, a esterelidade era motivo de muita vergonha para as mulheres dos tempos bíblicos. O fato de não poder gerar filhos as tornavam pessoas de terceira categoria (terceira porque muitas passagens deixam a entender que, naquela época, todas as mulheres eram tratadas como pessoas de segunda categoria).

No caso de Ana não era diferente. Alias, o caso dela ainda possuia um agravante: Ana vivia sob o mesmo teto que sua principal agressora. Ela sofria com os insultos e humilhações de Penina, a outra mulher de Elcana. Naquela época havia a "permissão" para que um homem pudesse possuir mais de uma esposa. Mas era só a permissão, pois eu acredito essa nunca foi a vontade de Deus. Creio que Deus só permitiu que um homem possuísse mais de uma mulher para o ser humano se espalha-se mais rapidamente sobre a terra.

Alias, sobre isso, eu tenho uma espécie de teoria: Logo após o grande dilúvio, Deus ordenou para que Noé e seus filhos crescessem e multiplicassem (Gênesis 9.1 e 7). Bem, a terra estava devastada e só haviam eles e suas respectivas esposas, filhos e filhas. Você já percebeu que quando há o registro genealógico de alguém, a Bíblia nos fala os nomes dos filhos homens, mas generaliza a quantidade de filhas sem muitas vezes especificar essa quantidade? Acho que isso vai além do que o "machismo" da época.

Penso que nesse caso, Deus permitiu a poligamia porque deveriam haver mais mulheres do que homens na terra (à exemplo do que acontece hoje em dia). Portanto, para que não existisse mulheres em plena idade fértil sem marido, Deus permitiu isso. Mas essa nunca foi a vontade d'Ele. Gênesis 2.24 prova isso, e o que Jesus, o próprio Deus, nos diz em Marcos 10.6-9 me tira qualquer sombra de dúvida sobre esse assunto. Até porque, Deus criou o homem para amar a sua mulher (e não as suas, no plural). É contra a natureza do nosso coração amar mais de uma pessoa, digo isso de experiência própria, pois, graças a Deus já encontrei a minha (rs).

Enfim, voltando a história de Ana, ela se encontra angustiada, em um estado de extrema fragilidade emocional. Acredito que, como toda mulher, ela deve ter buscado apoio naquele que era quem ela mais amava e confiava, ou seja, seu marido Elcana. Mas Elcana, com a delicadeza particular dos homens da época, lhe perguntou: "Será que eu não sou melhor para você do que dez filhos?" (I Samuel 1.8b)

Depois disso, entendo que Ana se encontrou sem chão, sem ter onde se apoiar... foi nesse momento que ela encontrou o SENHOR. Lembra da nossa ultima conversa? Aquela sobre sermos fracos? Eu sei que já faz um tempinho, mas é só você ler a ultima postagem. Em II Coríntos 12.10 Paulo faz uma irracional (para o mundo) afirmação, dizendo que quando somos fracos, ai sim é que somos fortes.

JESUS!!!!! ISSO É MUITO FORTE!!!!!

Nossos alicerces devem ser o Senhor, SEMPRE! É n'Ele que devemos nos apoiar, porque é ELE QUEM NOS FAZ FORTES! Quando desistimos de agir de acordo com a força do nosso próprio braço, abrimos o caminho para o Senhor nos mostrar a força dos Seus poderosos braços.

Ana sentiu isso, por isso ela se jogou ao chão na entrada do santuário e chorou. Ela se humilhou aos pés de Deus. Ela clamou sem se importar com aqueles que estavam ao seu redor. Tanto é que Eli, sacerdote do templo, achou que ela estava bêbada (I Sm 1.12). Ela orou, gritando em silêncio e isso foi mais do suficiente para Deus. Pouco depois o Senhor se lembrou dela.

"Assim Ana engravidou e, no devido tempo, deu à luz um filho. E deu-lhe o nome de Samuel, dizendo: 'Eu o pedi ao SENHOR.'" (I Samuel 1.20)

Outra coisa que eu queria ressaltar nessa história é o coração de Ana. O coração dela estava de acordo com o coração do Senhor, afinal de contas, Ela pediu e Deus atendeu. Se olharmos com outros olhos para essa história, poderiamos muito bem dizer que Ana queria um filho para agradar aos outros, já que ela era despreza de acordo com os conceitos de sua sociedade. Certo? Não, errado! O que Ana sentia era muito mais do que a pressão de uma solicitude da vida, Ela sentia o desejo de cumprir o propósito de Deus para sua vida.

"Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que, estando em mim, não dá fruto, Ele corta; e todo que dá fruto Ele poda, para que dê mais frutos ainda." (João 15.1 e 2)

Acho que Ela se sentia como um ramo podado, incapaz de frutificar. Mas Deus poda os seus ramos para que eles frutifiquem ainda mais. Samuel, o filho de Ana, veio a ser um profeta do Senhor. Ele era um homem diferente em meio a sua geração. Ele ungiu Davi, o maior rei da história de Israel. Ele foi uma das peça fundamentais que Senhor usou para abrir o Caminho em meio as trevas desse mundo. Deus usou Samuel, filho de Ana, para abrir alas para o nosso Salvador, Jesus.

Ana frutificou e deu toda a glória ao Senhor. Ela entoou o cântico que está descrito lá em cima, no início dessa nossa conversa. Ela se firmou no Senhor, ela se pôs verdadeiramente sobre a Rocha. Sabem, tenho aprendido que essa é a verdadeira atitude daqueles que afirmam que se entregaram ao Senhor. Os que se entregaram nas mãos de Deus, confiam n'Ele, mesmo quando choram... mesmo quando se desesperam.

O Senhor não está surdo ao nosso clamor, nem cego para não ver as nossas lágrimas. Ele conhece o nosso coração. Ele quer cumprir o Seu propósito para nossas vidas e, se nós também queremos isso, Ele cumprirá. No tempo devido, Ele cumprirá. O que Ana passou fez com ela viesse a amadurescer. Ela amadureceu ao perceber que só dependia do Senhor.

O Senhor está em busca de corações dispostos a amadurecer n'Ele. Nós podemos até olhar para nós mesmos e nos acharmos um lixo, as pessoas podem fazer com que nós venhamos a nos sentir assim. Mas tenha calma, Deus está trabalhando, confie n'Ele... Creia nos propósitos d'Ele, confie no Amor d'Ele. O Amor d'Ele é maior. É o que tenho aprendido.

sábado, 15 de agosto de 2009

Sobre sermos fracos...

Uma das coisas mais difíceis para o homem é admitir suas fraquezas. Cada um de nós possui as suas, mas ainda assim, fingimos que não. A fraqueza é algo que mexe com o ego, com a nossa auto-imagem. Não sei porque, mas todo mundo sempre tenta parecer mais forte do que realmente é.



Na verdade, isso tudo não passa de uma das consequências da ação de uma velha (e terrível) companheira que esta conosco deste os tempos da queda: a vaidade. Tanto é, que quando as nossas fraquezas se tornam notórias, sempre buscamos uma maneira de nos justificarmos para que possamos sair "bem na fita". Temos medo de sermos vulneráveis, temos medo de sermos fracos.

Acredito que isso seja devido também a essa "pseudo-civilização" que há muito tempo vem ocorrendo no mundo. Acho que os avanços tecnológicos, a ânsia pelo enriquecimento e o crescente enfriamento do Amor vem tornando as pessoas tão egoístas quanto um leão com fome. Vivemos, na verdade, em uma selva. E, em uma selva, o que predomina é a lei do mais forte. Nesse caso, a vaidade serve de um mecanismo de defesa para aqueles que vivem nesse mundo.

Mas os filhos de Deus não pertencem a esse mundo, eles não se defendem, eles são defendidos (João 15.19).

O problema é que os nosso entendimento também é fraco e nós somos pequenos demais pra compreender tudo o que ocorre ao nosso redor. Estamos sempre tão focados em nós mesmos e nos nossos desejos (ou seja, no que a nossa carne quer), que não percebemos Aquele que se move em um nível mais elevado de existência.

Pra explicar melhor o que quero dizer, gostaria que você lesse o que o apóstolo Paulo escreve em sua segunda carta aos Coríntios:

"Por isso, por amor de Cristo, regozijo-me nas fraquezas, nos insultos, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias. Pois, quando sou fraco é que sou forte." (II Coríntios 12.10)

Acho que só recentemente compreendi o que Paulo quis dizer com isso. É difícil entender como alguém pode se alegrar nas fraquezas. Quem gosta de ser fraco? Os fracos são sempre os insultados, os necessitados, os perseguidos, os angustiados, etc. Os únicos fracos que podem descansar tranquilos são aqueles que têm alguém forte ao seu lado. Alguém que possa protege-los, alguém que venha a enfrentar os seus adversários (ou predadores)... alguém que se põe à sua frente, briga, apanha e sofre por ele.

Acho que é disso que Paulo fala. Engraçado que algumas coisas, às vezes, passam despercebidas por nós. Logo no inicio do versículo 10, Paulo fala que pelo Amor de Cristo ele se regozija nas suas fraquezas. Paulo fala daquilo que ele, como um ser humano fraco, descendente da queda, nunca poderia alcançar se não fosse pelo Amor de Cristo. Ele fala da sua dependência da Graça que foi obtida na cruz.

Tudo que um fraco quer é ter alguém que o proteja. E nós temos, esse alguém é Jesus. Voltemos na Palavra, vamos ver o que Paulo fala no versículos que antecedem o versículo 10:

"Para impedir que eu me exaltasse por causa da grandeza dessas revelações, foi-me dado um espinho na carne, um mensageiro de Satanás, para me atormentar. Três vezes roguei ao Senhor que o tirasse de mim. Mas Ele me disse: "Minha Graça é suficiente para você, pois Meu poder se aperfeiçoa na fraqueza'. Portanto, eu me gloriarei ainda mais alegremente em minhas fraquezas, para que o poder de Cristo repouse em mim." (II Coríntios 12. 7-9)

Aqui, Paulo está falando exatamente disso. Nós somos fracos e não podemos ser justificados por nossas obras. Temos esse problema de sermos vaidosos ao mesmo tempo em que somos fracos. Isso é um espinho na carne (honestamente, não sei se é disso que ele fala ao usar essa expressão) que nos impede de caminharmos em direção Àquele que nos protege.

Podemos sim nos entristecermos quando não temos as situações sob o nosso controle. Quantas coisas acontecem conosco e não podemos mudá-las? Mas o Senhor é quem enxuga nossas lágrimas e nos pega em Seu colo. É Ele quem nos protege, nós nunca conseguimos, nem nunca conseguiremos nada pela força do nosso próprio braço. Somente pela Graça de Deus é que somos justificados.

Só o nosso Salvador Jesus, aquele que realmente nos ama, pode cuidar de nós. Há coisas que não podemos mudar... não podemos, por exemplo voltar no tempo e evitar que aconteça aquilo que nos fere hoje. Não podemos dar um grito e conseguir imediatamente que toda a nossa situação atual mude de uma hora para outra. Mas os caminhos de Deus são retos e sempre nos levam em direção ao centro da Sua perfeita vontade.

Nossa confiança deve estar em Cristo, devemos exercitar nossa fé e crer no poder d'Ele. O ateus costumam nos perguntar que, se há um Deus, por que há tanta desgraça no mundo? Simples, é porque falta fé. As pessoas preferem depender de si mesmas... muitas vezes o homem fica dependência do próprio homem. É muito confortável esperar algo do governo, por exemplo. Mas o governo do qual as pessoas esperam algo é composto por homens tão fracos (ou até mais fracos) que eles mesmos.

Nós temos um Rei, que governa sobre toda a terra. Um Rei cuja a majestade está no Seu Amor, e Sua Glória está nos céus. Ele sim é forte, d'Ele sim podemos depender. A Sua Graça e a Sua Justiça nunca falham... Sua misericódia é eterna. É n'Ele que devemos nos vangloriar... Quando é direcionada a Ele, nossa vaidade recebe outro nome: adoração.

A adoração é fruto da fé. E a fé é o firme fundamendo das coisas que não vêem, mas que se esperam (Hebreus 11.1). Se você não entendeu, eu explico pra você: fé é confiar no Senhor, independente das circunstâncias. Fé é depender da Graça de Deus. E é essa Graça que nos fortalece.

Antes de encerrar essa nossa conversa, gostaria que você ouvisse essa música que o Senhor tem usado muito para falar comigo nesse tempo:

Tua Graça (Vineyard Music Brasil)


Que venhamos a nos esconder atrás do nosso Rei Jesus.

Paz!

domingo, 19 de julho de 2009

Sobre o inverno na vida...

"A ressureição nos ensina que não devemos confiar nas aparências"
A. W. Tozer


De tempos em tempos, todos nós passamos por momentos de inverno em nossas vidas. Em uma área ou outra, o inverno sempre aparece. Nesses períodos é comum que venhamos a "murchar" um pouquinho, afinal é no inverno que sentimos mais frio. O trocadilho pode até parecer um tanto tosco, mas o frio congela as pessoas e isso é cientificamente comprovado (se você não acredita, eu não aconselho que você tente comprovar por experiência própria... rsrs).

Trazendo esse exemplo mais pra perto de nós, podemos afirmar que o frio representa a falta de esperança no coração das pessoas durante o inverno, ou seja, uma situação aparentemente sem solução. Nada representa melhor uma situação irreversível (ou um inverno) do que a morte. Até dizem por aí que enquanto houver vida, há esperança.

Nos cemitérios, diariamente o inverno se torna mais rigoroso nos corações de familiares e amigos das pessoas que chegam a esse lugar. Enquanto uma pessoa está respirando, há a esperança de que ela ficará bem, independente do seu estado... Porém, essa esperança acaba quando um corpo é enterrado.

Por favor, não comece a achar esta conversa deprimente, há esperança pra ela também... rsrs.

O que eu quero dizer é que não há muito o que se fazer quando alguém morre. Nós apenas aceitamos esse novo estado físico desse alguém. Nos invernos da vida, o frio procura matar nossos sonhos... nossas esperanças... nossa fé.


Sabe, quando Jesus foi morto crucificado, acredito que as lágrimas não faltaram. No momento de Sua morte, a desesperança encontrou um lar nos coração daqueles que estavam assistindo a crucificação do Filho de Deus. Quando Ele foi sepultado, muitos pensaram esse era o fim (acho curioso que eles tenham pensado assim, afinal se Cristo ressusitou Lázaro, Ele não teria poder para se ressuscitar?). Pela falta de fé, essas pessoas foram surpreendidas. No terceiro dia, Jesus ressuscitou.

Não importa o quão gelado esteja o seu inverno, ele sempre passa. Nós, seres humanos, somos seres sensoriais. Temos a tendência a confiar naquilo que os nossos olhos enxergam e naquilo as nossas mãos podem tocar... lembram de Tomé?(João 20.24-30). Não importa se os seus olhos não vêem uma solução, creia, permaneça na fé que lha foi dada pelo Espírito. Esse mesmo Espírito foi quem revelou a Palavra de Deus aos apóstolos. E essa Palavra nos diz que a fé é o FIRME fundamento das coisas que não se vêem, mas se espera (Hebreus 11.1).

Confie no Deus que conhece as suas necessidades, Ele é Pai e não deixará de lhe dar aquilo que você precisa. Não há situação que o Senhor Jesus não possa reverter... A cruz está vazia, pois Ele venceu a morte!!!!!!

"Eu lhes disse essas coisas para que em mim vocês tenham paz. Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo." (João 16.33)

O inverno um dia passa. E quando passa, ele é substituído pelo lindo desabrochar das flores na primavera... Confie em Jesus...

Paz!

sábado, 13 de junho de 2009

Sobre a conversão...


Honestamente, eu não me lembro de um acontecimento especifico que possa ser usado como marco para comprovar que eu aceitei a Jesus como Senhor e Salvador da minha vida. Cristo entrou na minha vida através da minha mãe, a primeira (e, por enquanto, única) da minha família a se entregar a Ele. Isso aconteceu quando eu tinha uns 13 ou 14 anos. No início, eu dizia que não ia virar crente... tão novo, porém com o coração endurecido. Mas com o passar do tempo, o Senhor foi tocando no meu coração, e a medida que os anos se passaram, Deus foi gerando em mim um amadurecimento que eu não percebia que estava acontecendo.

Digo que eu não me lembro de uma vez ter ido lá frente da igreja, como os novos convertidos fazem. Mas eu sei que eu O aceitei. Confesso que isso as vezes me traz uma certa "confusão". Há vezes em que eu olho para a minha vida e me sinto profundamente triste, afinal somos todos pecadores imersos nesse mundo sujo, então eu começo a pensar que não sou convertido, mas sim convencido... entende?

Eu ouço as pessoas contarem que se converteram com "X" anos de idade, no dia "Y", do ano "Z". Falam que sentiram algo extraordinário, algo completamente novo e desconhecido para elas. Algumas falam até em experiências transcendentais. Essas pessoas contam detalhadamente tais acontecimentos... é como se elas estivessem conscientes em todo o tempo. É como se elas tivessem ponderado cada atitude e, com convicção, se entregaram a Cristo. Pensar nessas coisas me dá a sensação de que eu me tornei "crente por osmose". É como se eu simplesmente tivesse me deixado levar por uma onda, muito tranquilamente... muito naturalmente, sem muito estardalhaço... sem muita consciência. Eu simplesmente aceitei...

"Não se amoldem aos padrões desse mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus." (Romanos 12.2)

Entretanto, esse meu pequeno conflito que compartilho com vocês não me faz duvidar, nem me impede de reconhecer o agir de Deus na minha vida. Toda vez que lembro do passando vejo que o quanto o Senhor já me transformou... Naquela mesma época (durante os meus 13 ou 14 anos) eu estava começando a ter meu caráter formando. E só pela misericórdia do Senhor que fui tendo os meus caminhos convertidos para a direção dEle...

"Jesus chamou para junto de si a multidão e disse: Ouçam e entendam. O que entra pela boca não torna o homem 'impuro'; mas o que sai de sua boca, isto o torna 'impuro' "
(Mateus 15.10 e 11)


Só para exemplificar, você já viu em algum lugar o tipo de garoto gordinho, metido a engraçado e desbocado? Do tipo que se diverte ao falar os piores tipos de bobagens? Pois é, eu era desse tipo. A coisa era tão crítica que até os meus colegas na época, que nesse aspecto eram muito parecidos comigo, diziam que eu exagerava. Mas Deus foi gerando em mim a insatisfação com aquele tipo de comportamento e, gradualmente, Ele foi mudando a minha essência... Cristo foi renovando o meu coração.

"Mas as coisas que saem da boca vêm do coração, e são essas que tornam o homem 'impuro'. Pois do coração saem os maus pensamentos, os homicídios, os adultérios, as imoralidades sexuais, os roubos, os falsos testemunhos e as calúnias."
(Mateus 15.18 e 19)


Lá em Mateus 6.22 está escrito que os nossos olhos são a candeia do nosso corpo. A candeia nada mais é do que uma espécie de lamparina, ou seja, é um objeto que é utilizado para se locomover na escuridão... para enxergar o caminho.

Você já perguntou sobre o significado da palavra "conversão"? Converter-se nada mais é do que mudar de direção.

Imagine que você está dirigindo um carro e, de repente se vê perdido. Você não sabe mais pra onde está indo, mesmo assim continua indo em frente. Sempre bate aquele arrependimento quando você lembra de um momento em que você tomou um caminho errado. Mas então você vê uma placa de retorno... o que você faz? Simples, você entra nesse retorno e procura voltar para o caminho que você conhece. Nessa busca, você vai fazer as curvas e conversões necessárias para encontrar esse caminho certo.

Esse carro é uma metáfora para a nossa vida, e Jesus a nossa placa de retorno. Nesse momento, é impossível não citar as palavras de Jesus que estão descritas em João 14.6:

"Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim."

Acredito que pela falta do tal "marco da minha conversão", Deus tem me feito entender que a verdadeira conversão não é aquela que a gente conta para as pessoas. A verdadeira conversão é aquela que a gente vive. Eu não estou dizendo que as pessoas mentem ao contarem suas histórias, mas quero dizer que só as histórias são muito pouco. De que adianta você levantar do banco da igreja, caminhar lá pra frente, onde todos podem te ver, e ao sair dali permanecer (e gostar) nas mesmas práticas? A verdadeira conversão é aquela que a gente vive, constantemente. Quem aceita a Cristo como Senhor da sua vida não se torna apenas "crente", se torna um discípulo de Jesus. Esse se dispõe a aprender de Cristo.

Aceitar a Jesus é dizer pra Ele: "Venha Senhor! Venha habitar em meu coração... seja os meus olhos... seja a minha candeia!". Depois disso, sendo Ele os seus olhos, você verá o quanto está perdido. Ele te fará ver quais são as curva que você precisa para colocar a sua vida na direção certa. Em direção ao Pai.

"Vocês me procurarão e me acharam quando me procurarem de todo o coração." (Jeremias 29.13)

Se você costuma frequentar esse blog, já deve ter notado que sempre cito o versículo acima. Isso porque ele é muito precioso pra mim, é um dos primeiros versículos usados por Deus para falar ao meu coração. Mas continuando, no início versículo seguinte a esse (v.14) o Senhor diz que se deixará encontrar por aqueles que o buscarem com sinceridade no coração.

Converter-se é largar velhas práticas, é ser realmente diferente. Não o "diferente igual ao mundo" que temos notado que está sendo pregado por ai. Mas ser realmente diferente, separado para Cristo. E, nesse ponto, entra algo que só o Senhor pode gerar em nós: o arrependimento. O arrependimento é o que evita que venhamos a cair nos mesmos erros do passado. O arrependimento nos deixa mais próximo de Deus, pois só há arrependimento quando há sinceridade no coração.

Ser realmente diferente é não servir a dois senhores (Mateus 6.24), mas ao único Deus. Não há como permanecer com Cristo sem largar as práticas desse mundo, por mais inofensivas que elas possam parecer. Não há! Não há como amar a um senhor sem desprezar o outro. Por isso eu me pergunto e pergunto a você também: quem é o seu Senhor?

Se o nosso Senhor for Jesus Cristo, nós já sabemos o que fazer.

sábado, 16 de maio de 2009

Sobre Romanos 12.2... ainda...



Bem, aqui estou eu novamente. Menos de dois dias depois da nossa última conversa, volto aqui para falar da mesma palavra. Quando eu disse na ultima postagem que Romanos 12.2 estava mexendo muito comigo, eu falei sério. É como se, do nada, fossem abertas as cortinas que nos impedem de olhar a realidade do que está lá fora... sei lá...

Porém, desta vez, trago também alguns versículos complementares a essa palavra:

"Quem vive segundo a carne tem a mente voltada para o que a carne deseja; mas quem vive de acordo com o Espírito, tem a mente voltada para o que o Espírito deseja. A mentalidade da carne é morte, mas a mentalidade do Espírito é vida e paz, a mentalidade da carne é inimiga de Deus porque não se submete à Lei de Deus, nem pode fazê-lo. Quem é dominado pela carne não pode agradar a Deus." (Romanos 8.5-8)

Devemos ter muito cuidado para não cairmos no engano. Todos nós estamos sujeitos aos desejos da carne, mas é uma decisão nossa atendê-los ou não. Lembram que a duas postagens atrás eu lhes falei o que Deus estava ensinando sobre o culto racional a Ele (Romanos 12.1)? Toda a nossa vida é recheada de decisões, ou seja, escolhas. Essas escolhas sempre geram consequências, e as consequências são maiores que os atos (escolhas). Servir ao Senhor é uma decisão que tomamos tanto com a nossa racionalidade quanto com o nosso coração.

Mas há um outro lado... pecar também é uma decisão...

"Continue o injusto a praticar injustiça; continue o imundo a praticar imundícia; continue o justo a praticar justiça; e continue o santo a santificar-se. Eis que breve venho! A minha recompensa está comigo, e retribuirei a cada um de acordo com o que fez." (Apocalipse 22.11 e 12)

Amados, todos nós somos falhos e estamos imersos nos desejos da carne. Mas o Senhor nos ama! E só o fato de estarmos sendo chamados ao arrependimento já comprova este amor. Apesar de nossos pecados, nós somos santos, pois todos esse os nossos pecados foram lavados pelo sangue de Cristo. Cada gota vermelha de sangue que escorreu das feridas de Jesus na cruz foi para deixar a nossa vida mais alva.

Eu quero fazer uma pergunta a você: o Senhor tem te ensinado? Você tem aprendido algo do Senhor? Você tem conhecido cada vez mais a Ele? Se a resposta for sim, alegre-se, porque o Senhor está te santificando. Ele está renovando a sua mente.

Cada vez nos ensina, Ele está nos convencendo do pecado. E nós devemos estar com nossos corações abertos para esse ensinamento, pois estamos em meio a uma "corrida contra o tempo".

Ele breve vem!!!!!

E consigo, Ele trará as consequências de nossos atos (lembra-se? as que são sempre maiores?). Se vivemos para o Espírito, seremos recompensados (consequência) de acordo com esse viver... e se vivemos para a carne, também.

Portanto, irmãos, não se esqueçam disso. Não importa quão grande seja a sua tentação, não ceda. Todos nós sabemos que a tentação (seja ela de que tipo for) é uma espécie de sofrimento, e foi por isso que eu escolhi essa imagem que está lá no inicio desse post. Os objetos dessa imagem nada mais são do que a COROA que Cristo usava e o TRONO onde Ele estava quando alcançou a glória.

Ele sofreu muito mais por nós do que nós iremos sofrer por Ele... agora me lembrei novamente de II Coríntios 4.16-18:

" Por isso não desanimamos. Embora exteriormente estejamos a desgastar-nos, interiormente estamos sendo renovados dia após dia, pois os nossos sofrimentos leves e momentâneos estão produzindo para nós uma glória esterna que pesa mais do que todos eles. Assim, fixamos os olhos, não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que se vê é transitório, mas o que não se vê é eterno."

Não andar de acordo com os padrões desse mundo é sofrer sim. Enquanto todos buscam exaltar a si mesmos, nós devemos buscar exaltar ao Senhor. O mundo, com suas práticas, age para exaltar a si, mas nós, com nossas práticas, devemos agir para exaltar a Cristo. Por isso, honremos a Ele nos abstendo das práticas sujas desse mundo... práticas que nada mais são do que morte. Nós devemos morrer sim, mas morrer para este mundo.

O morrer para o mundo é o viver para Cristo!!!

"Então disse Jesus aos Seus discípulos: 'Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.'" (Mateus 16.24)


Paz!

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Sobre um outro tipo de silêncio...

"Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus." (Romanos 12.2)



Quem já passou por aqui antes sabe que já faz bastante tempo o Senhor vem falando comigo sobre o silêncio. Esses sabem também que o Senhor tem me revelado coisas nesse silêncio. O silêncio ao qual me refiro é o que é cultivado no coração, é aquele que nos deixa mais atentos à voz de Deus. Esse é o silêncio que abre os olhos.

Mas sabem, há um outro tipo de silêncio. Um tipo que deve ser descartado, pois é bastante prejudicial. Esse outro tipo é o silêncio daqueles cujos olhos já foram abertos e já conhecem a verdade. Me refiro ao silêncio dos que se calam.

Como já falei na nossa ultima conversa, o Senhor tem falado muito comigo através do capítulo 12 da carta de Paulo ao Romanos. Honestamente, pretendo continuar estudando esse capitulo. O que significa que continuarei a falar sobre ele aqui, não sei quantas postagens isso irá "render", mas desde que estejam de acordo com o coração de Cristo, eu já me dou por satisfeito.

Sabe, o versículo 2 em especial tem entrado como um verdadeiro furacão na minha vida. Por onde ele passa, tira tudo do lugar. E o mais engraçado é que quando eu vou "arrumar a bagunça" que ele deixou, vejo que muitas coisas estavam no lugar errado, entendem? É sério isso, vejo que o Senhor tem me feito revisar os meus "conceitos". Aquilo que eu dava como certo, na verdade não era tão certo assim. Talvez eu esteja me precipitando ao falar isso, porque sinto que esse é um processo que ainda está no inicio, mas a minha mente está sendo renovada por Cristo.

E isso tem me aberto os olhos, me fazendo enxergar que a Noiva tem colocado em seu corpo um vestido manchado para esperar pelo seu Amado. Essas manchas nada mais são do que a poeira deste mundo. Isso mesmo, essas manchas não passam de sujeira!

Talvez isso venha a ressoar violentamente em seus ouvidos, mas espero que vocês entendam o que vou dizer:

Vejo que a Noiva tem se sentido inferiorizada pela protistuta, e está buscando, mesmo que discreta e disfarçadamente, se igualar a ela.

...

Acredito que à frente de nossas igrejas estejam sim, em sua maioria, homens sinceros diante do Senhor. Homens e mulheres que realmente entregaram sua vida a Cristo e que o buscam de todo o coração. Mas, honestamente, você acha que isso não quer dizer que esses homens e mulheres não estejam "dormindo"? Ou melhor, será que esses servos do Senhor não estão deixando de vigiar e assim permitindo que as coisas mundanas encontrem brechas para se instalarem na Igreja?

Olhando para as igrejas e para suas doutrinas, você consegue enxergar o molde dos padrões desse mundo?

Eu consigo.

Isso não quer dizer que eu seja mais santo ou mais espiritual, até porque eu também sou a Igreja e eu consigo enchergar em mim mesmo várias coisas amoldadas aos padrões desse mundo. Mas é por isso que o Senhor tem renovado a minha mente. Não só a minha, mas Ele está renovando a mente de toda uma geração. Uma geração de pessoas que querem realmente servi-Lo. Uma geração que como Daniel não quer provar dos manjares do rei. Uma geração que prefere se alimentar do que é natural (Daniel 1.12) porque sabe que é isso que provêm do Senhor.

Lá em Lucas 12.34 está escrito que "onde estiver o seu tesouro, ali também estará o seu coração". Vejo a Igreja orando para que os irmão sejam promovido em seu emprego, para que o irmão seja abençoado com a cura, para que a irmã encontre o seu varão... e por ai vai. Mas eu me pergunto: e se for da vontade de Deus que o irmão permaneça no cargo que ele ocupa agora? Pode ser que fazendo essa função ele encontre um colega de setor que precisa ouvir as boas novas. E se o irmão tiver que passar por aquela cirurgia? Pode ser que ao lado do leito dele haja alguém à beira da morte que precisa conhece Jesus. E se a irmã tiver que ficar sozinha por enquanto? Pode ser que ela primeiro precise aprender a estar sozinha para depois aprender a estar acompanhada.

Entendem?

Eu não estou dizendo que o Senhor não prospera, que Ele não cura, que Ele não tem uma pessoa d'Ele separada pra você e etc... Não! Não é isso!

Estou dizendo que nossos corações estão voltados para as coisas desse mundo. Estamos olhando para os nosso próprios umbigos... grande parte da Igreja está precisando abrir os olhos!!! As coisas desse mundo são passageiras... os nosso sofrimentos, as nossas perseguições, a nossa solidão... tudo isso é passageiro...

"Tudo isso é para o bem de vocês, para que a graça, que está alcançando um número cada vez maior de pessoas, faça que transbordem as ações de graças para a glória de Deus. Por isso não desanimamos. Embora exteriormente estejamos a desgastar-nos, interiormente estamos sendo renovados dia após dia, pois os nossos sofrimentos leves e momentâneos estão produzindo para nós uma glória esterna que pesa mais do que todos eles. Assim, fixamos os olhos, não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que se vê é transitório, mas o que não se vê é eterno." (II Coríntios 4.15-18)

Engraçado, me lembrei de outro versísculo agora...

"Não amem o mundo nem o que nele há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Pois tudo o que há no mundo - a cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a ostentação dos bens - não provém do Pai, mas do mundo. O mundo e a sua cobiça passam, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre."
(I João 2.15-17)


O curioso é que todo mundo busca essa tão famosa vontade de Deus. Todo mundo quer saber qual é a vontade de Deus para as suas vida. Querem saber qual é a vontade de Deus para a Igreja. Mas o estranho é que a vontade de Deus já foi revela a muito tempo.

A vontade de Deus foi revelada na Cruz!!!!!

A vontade de Deus é a seguinte:

"Ide por todo mundo e pregai o evangelho a toda criatura"
(Marcos 16.15)

A vontade de Deus é que todos conheçam a Cristo e a Sua salvação, se tornando iguais a Ele. Que todos tenham suas mentes renovadas em Cristo e, assim como Ele, estejam na contra mão do sistema. No mundo jaz o maligno e ele odia aqueles que amam a Cristo. E aqueles que obedecem os mandamentos do Senhor são os que O amam. Por isso, a Igreja tem parar de ter medo de sofrer perseguissões nesse mundo.

Os nossos jovens não têm que buscar a equivalência, mas sim têm que procurar a diferença (vá a um culto jovem e me diga se isso está acontecendo)... Os nosso membros têm que parar de querer "testemunhar" com bens, e sim testemunhar com o Amor que só o Senhor pode nos conceder para que outros sejam alcançados...

Essas palavras não são palavras de rebeldia, de julgamento ou de críticas. Digo de coração que são palavras de Amor. Isto é um grito que não pode ser silênciado. Meus olhos estão sendo abertos e eu me recuso a fechá-los. É no lugar de exortação que Deus quer que nos sentemos e oremos... ='/

O Senhor só repreende a aqueles a quem Ele ama. E o Senhor está abrindo os nossos olhos com um único objetivo: para que enxerguemos a Cruz.



Paz!

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Sobre uma decisão...




" Portanto, irmãos, rogo-lhes pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês" (Romanos 12.1)

Já faz um tempo que o Senhor prendeu a minha atenção em Romanos 12. Esse é um trecho bíblico que tem sido de uma fundamental importância para minha vida recentemente. Muito provavelmente, esse capitulo será tema das minhas próximas mensagens também, dada a importância que ele adquiriu nesse meu momento de vida. Sendo assim, eu quero compartilhar com vocês aquilo que o Senhor tem falado ao meu coração sobre Romanos 12.1, e tudo aquilo que eu, pela graça de Cristo, tenho entendido neste versículo.

Não é de hoje que venho contando pra vocês que o Senhor tem "batido o pé" comigo quando o assunto é entrega. E, mais uma vez, Ele tem me falado sobre isso. No versículo citado acima, Paulo escreve aos Romanos que o nosso culto racional a Deus é, basicamente, se entregar de todo o coração a Ele. Engraçado que ao perceber isso eu me perguntei: "Como?" (rsrs)

Não sei qual é a estrutura das reuniões nas igrejas de vocês, mas na igreja que eu costumo frequentar as coisas acontecem da seguinte maneira: oração de abertura, louvor, oferta, pregação, anúncios e oração de encerramento. As vezes a ordem muda um pouquinho (a oferta vem depois da pregação), mas é quase sempre assim. Eu estou falando isso só pra destacar que há um momento de oferta nos cultos a Deus. Obviamente que a oferta que é celebrada no culto é a oferta financeira, contra a qual, honestamente, eu não tenho muito do que falar. As igrejas precisam se manter, e isso é fato. Mas me preocupa quando as pessoas passam a correlacionar oferta a dinheiro.

Sinto que falta ao povo de Deus o discernimento sobre isso, sobre ofertar a si mesmo ao Senhor. Geralmente, as pregações sobre oferta criam em nós uma satisfação ao preenchemos o envelope (ou o alforge) que passa pelas nossas mãos durante o culto. Sentimos paz no coração (alívio pelo dever cumprido) porque estamos "agradando" ao Senhor. Não estou dizendo que seja errado, mas há casos e casos, e acredito que na maioria desses casos não é apenas isso que o Senhor quer de nós. O que eu quero lhes passar é que há algo mais importante em você do que o seu dinheiro, e é a sua vida!

Eu sei que isso não é nenhuma novidade pra você, mas para agradarmos ao Senhor é fundamental que nos entreguemos a Ele de todo o nosso ser. Temos que dar voluntariamente a Ele total controle de nossos atos. Mesmo que isso venha contra a nossa própria vontade.

Lá em Gênesis 22, temos o caso de um homem que realmente se ofertou ao Senhor. Esse trecho relata um momento em que Deus provou a Abraão. Se você não sabe, eu terei o maior prazer em lhe contar que a mulher de Abraão, Sara, era estéril e não podia gerar filhos. Fato que na época era motivo de vergonha para uma mulher. Mas, um certo dia, Abraão e sua esposa foram abençoados com a promessa do Senhor de que Sara daria à luz, mesmo depois de idosa (Gênesis 18). Foi então que, aos 90 anos de Sara, Isaque nasceu. Abraão amava muito a Isaque, não só porque ele era seu filho, mas porque também ele foi muito desejado e era o filho da promessa de Deus. Agora sim, Abraão era um homem feliz.

Por acaso o Senhor já lhe deu algo que você desejava há muito tempo? Eu posso dizer já fui abençoado assim e a sensação é de muita alegria. É uma felicidade plena que te faz cuidar daquilo que o Senhor te deu com todo o carinho do mundo. Mas as vezes isso pode sair do seu controle e começar a tomar o lugar de Deus na sua vida, se tornando prejudicial ao seu relacionamento com Ele. Acredito que isso também tenha acontecido com Abraão. Pois em um dado momento o Senhor pediu uma oferta para Abraão que ele, muito provavelmente, de inicio, em seu coração, ele deve ter recusado em dar a Deus. Agora sim, entrando no que está escrito em Gênesis 22, o Senhor pediu para Abraão sacrificar Isaque em adoração a Ele.

Isso não passa de uma conjectura minha, até porque na palavra não descreve isso, mas eu acho que Abraão deve ter ficado com o seu coração muito entristecido com esse pedido do Senhor. Ora, ele era humano, feito de carne igual a mim e a você. Ele estava sujeito as mesmas emoções que cada um de nós está. Por isso, é bem possivel ele tenha tido medo de perder aquilo que ele tanto desejou: seu filho Isaque. Mas mesmo assim ele prosseguiu em cumprir a vontade do Senhor. Abraão abriu mão de si mesmo quando abriu mão de seu filho por Amor a Deus. Isso sim é entrega! Isso sim é ofertar!

Continuando essa linda história...

"Isaque disse a seu pai Abraão: 'Meu pai!'
'Sim, meu filho', respondeu Abraão.
Isaque perguntou: 'As brasas e a lenha estão aqui, mas onde está o cordeiro para o holocausto?'
Respondeu Abraão: 'Deus mesmo há de prover o cordeiro para o holocausto, meu filho'. E os dois continuaram a caminhar juntos.
Quando chegaram ao lugar que Deus lhe havia indicado, Abraão construiu um altar e sobre ele arrumou a lenha. Arrumou seu filho Isaque e o colocou sobre o altar, em cima da lenha. Então estendeu a mão e pegou a faca para sacrificar seu filho. Mas o Anjo do SENHOR o chamou do céu: 'Abraão! Abraão!'
'Eis-me aqui', respondeu ele.
'Não toque no rapaz', disse o Anjo.
'Não lhe faça nada. Agora sei que você teme a Deus, porque não me negou seu filho, o seu único filho.'
Abraão ergueu os olhos e viu um carneiro preso pelos chifres num arbusto. Foi lá pegá-lo, e o sacrificou com holocausto em lugar de seu filho. Abraão deu àquele lugar o nome de 'O SENHOR Proverá'. Por isso até hoje se diz: 'No monte do SENHOR se proverá'." (Gênesis 22.7-14)

Esse é um exemplo descrito na própria Palavra, daquilo que Paulo chama de culto racional. É você decidir se entregar, amando a Deus com o tudo o que você é. E há sim recompensa para isso. Nos versículos seguintes, Deus promete a Abraão que irá multiplicar sua descendência.

Quando se fala em culto racional, eu entendo que é algo pensado, calculado... é uma decisão!

É você ter o real entendimento do que se está fazendo. É você entregar o seu coração a Deus. Não é uma decisão fácil, acredite, eu sei. Afinal, nós queremos que a nossa vontade seja sempre satisfeita, alias nós oramos o tempo todo para que isso aconteça. Mas se entregar ao Senhor é a melhor escolha. Colocar os sonhos de Deus para a sua vida acima dos seus próprios sonhos não significa que você irá sofrer, pois está escrito:

"'Porque sou Eu que conheço os planos que tenho para vocês', diz o Senhor, 'planos de fazê-los prosperar e não de lhes causar dano, planos para dar-lhes esperança de um futuro'."(Jeremias 29.11)

Ofertar sua vida ao Senhor não é motivo de sofrimento, pelo contrário, é motivo de confiança e esperança. Isso não quer dizer que você não vá passar por momentos dificeis, mesmo porque eu vejo que esses são momentos muito importantes para o nosso relacionamento com Deus. Neles sempre nos damos conta da nossa dependência do Senhor. Sem eles, nossa caminhada com o Senhor se torna "mecânica" e fria, entendem? Espero que sim...

Não podemos ter medo de deixar de viver os nossos sonhos para viver os sonhos de Deus. Abraão venceu o medo por amor ao Senhor. Abraão deixou de viver o seu sonho, por amor ao Senhor. E o maravilhoso disso tudo é que se confirmou depois que o sonho de Abraão era o sonho de Deus também.

Poxa, nem sei se consegui passar toda a profundidade do assunto, até porque não me sinto capaz disso. Espero não ter te confundido com tantas informações juntas (rsrs). Sinto que comecei falando de uma coisa, e terminei falando de outra. Mas, o Senhor está no controle.

Para encerrar quero pedir-lhes algo bem simples:

Não olhemos para nós mesmos, vamos olhar para Deus. Vamos nos entregar de coração, vamos cultuá-lo racionalmente, vamos decidir viver para Ele! Quem sabe você, assim como Abraão, não descobre que aquele seu desejo não é o desejo de Deus também, hein? =)

domingo, 15 de março de 2009

Sobre o perdão...


Há um tempo atrás, quando minha namorada e eu éramos apenas amigos, nós estávamos conversando sobre as coisas de Deus e, do nada, ela puxou um assunto que mexeu muito comigo. Ela começou a falar sobre as leis e o Amor de Deus. Isso era algo que na hora nem ela sabia direito porquê estava pensando nisso. Mas é certo que, como em todas as outras coisas, Deus colocou isso no coração dela com um propósito.

Conversa vai... conversa vem... e eu comecei a entender mais nitidamente porquê o Amor de Deus é superior às leis. Todos nós sabemos disso, mas eu vejo que falta profundidade no povo de Deus. Nós sabemos das coisas por convenção, por repetição de comportamento... mas essa é outra história, se eu continuar a falar sobre isso vou perder a minha linha de raciocínio.

Bem, eu entendi que o Amor é superior às leis porque o rígido cumprimento das leis atribui, necessariamente, a culpa a alguém, e isso depõe contra o perdão, que é uma das maiores virtudes (isso se não for a maior virtude) do Amor.

Só para deixar bem claro, eu não estou aqui para falar de um tema jurídico. Isso é uma reflexão sobre o sobrenatural do Senhor.

A busca por um relacionamento íntimo com o Senhor tem sido o desejo mais ardente no meu coração. Tenho passado meus momentos de silêncio a pensar sobre o Seu Amor, tento entender esse Amor para, assim, senti-lo plenamente. Por isso, eu tenho lido na Palavra tudo aquilo que eu encontro sobre o Amor.

Recentemente, enquanto lia o livro de Cântico dos Cânticos, um "trechinho" saltou aos meus olhos. Lá em Ct 3.5b está escrito: "Não despertem nem encomodem o amor enquanto ele não o quiser."

Isso levantou algumas perguntas na minha cabeça. Afinal, se amar é tão bom, por que me privar dele? Por que não despertá-lo? Em que eu o incomodaria?

Mas, aos poucos, eu venho entendendo que o problema não é o amor, somos nós. Às vezes, NÓS é quem não estamos prontos para amar. Deus já nos ama desde o príncipio, e é por nossa "culpa" que nós não desfrutamos desse Amor.

Essa é a palavra chave: Culpa.

O Amor de Deus é incompriensível por nós porque nós estamos imersos nesse sentimento que nos prende, que nos trava. E isso "enjaula" o derramar do Amor e da Presença de Deus sobre as nossas vidas. Deus não fica apontando nossos erros, somos nós. Ele já sabe dos nossos pecados e já fez o que tinha que ser feito para corrigi-los, tanto é que Ele deu seu filho unigênito para que morresse pelo perdão de todos esses pecados (João 3.16).

O que Ele quer é arrependimento. A culpa é fruto da nossa psique, mas o arrependimento vem do coração. E é isso que o Pai procura, corações sinceros, arrependidos, verdadeiros. Não sei se você já notou, mas a nossa verdade é aquela que escondemos no nosso coração (Lucas 12.34).

Nós já temos o Perdão do Pai, o que nos falta é o nosso próprio perdão.

Antes de encerrar, eu gostaria de fazer uma ligação entre esse texto e o último que foi publicado aqui. Leia Mateus 22.37-39. Lembre-se que você e eu somos feitos a imagem e semelhança do Senhor. A culpa é auto-destrutiva. Se você não se ama, como você irá amar ao próximo? E, se você não ama o próximo, a quem vê, como você irá amar a Deus, a quem não vê? (1 João 4.20)

Até logo!

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Sobre alguns pensamentos sobre o aprendizado sobre o nosso relacionamento com Deus


Muitos acham que se vem um tempo de silêncio sobre a nossa vida, isso é sinal de que estamos nos afastando de Deus. Porém, tenho visto, sentido e vivido completamente o oposto. Sei que eu já disse isso em outras postagens, mas acredito que um tempo de silêncio em nossa vida é sinal de que estamos nos aproximando do Senhor. Isso é sinal de que estamos entrando em um novo tempo em nossa vida, um tempo em que estaremos mais íntimos d'Ele, mais sensíveis a Sua voz, pois é a Sua voz que rompe o silêncio.

No meu tempo de silêncio, o Senhor tem, gradativamente, me ensinado a amá-Lo. Não só amá-Lo da boca pra fora, falando palavras bonitas que qualquer um gostaria de ouvir. Não. Ele tem gerado no meu coração um desejo de amá-Lo com todo o meu ser, amá-Lo com a minha vida, a tal ponto de que Ele seja adorado com as batidas do meu coração...

Você acha isso exagero?

Honestamente, eu acho... sim, acho mesmo... mas é exagerado que eu quero ser, pois o amor do Pai por mim e por você também é exagerado.

O desejo que arde no meu coração é de amá-Lo na mesma intensidade que Ele me ama. Contudo, hoje, para mim, isso infelizmente é impossível. É impossível porque eu não sou perfeito como Ele... como o Amor d'Ele... nem nunca serei, mas creio que há um caminho para se chegar a esse Amor.

Eu tenho buscado entender o texto que há lá em Mateus 22.34-40 (ou Marcos 12.28-34, se assim você preferir). Esse texto não nos traz apenas o resumo de todos os mandamentos ou um novo estilo de vida, é algo bem mais profundo que eu ainda não consigo alcançar. Por isso, vou compartilhar com vocês alguns breves pensamentos e algumas conclusões que pude tirar desses versículos.

Nesse texto, Jesus diz: "Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento" (v.37). E em seguida, diz o Senhor: "Ame ao seu próximo como a si mesmo" (v.39).

Na minha cabeça, o verbo "amar" está intimamente relacionado a relacionamentos... Hã? Como assim? Você me pergunta. Fique tranquilo meu caro leitor, essa é mais uma frase que vai pra minha extensa galeria de "frases mal construídas" (rsrsrs). Ah! O título desse post também está nessa galeria (rs). Mas é verdade, você só ama alguém se tiver um relacionamento longo, duradouro e profundo com esse alguém amado. Ninguém ama do dia pra noite, antes é necessário um período de conhecimento mutuo.

Pensar nisso me levou a concluir que é por isso que Deus nos ama, pois Ele nos conhece desde antes do nosso nascimento. Nada em nós é novidade para Ele, nada em nós O surpreende ou O decepciona... alias, nada em nós O decepciona porque Ele não tem expectativa nenhuma sobre nós... se Ele já nos conhece, Ele não espera que façamos nada porque Ele já sabe o que faremos.

Isso tira um peso muito grande das nossas costas. A falta de expectativa do Senhor nos dá liberdade para sermos algo que é importante em qualquer relacionamento. Sem metas a cumprir e sem a necessidade de agradar, podemos ser aquilo que Deus nos criou para que sejamos: Nós mesmo.

Bom, se eu sou eu mesmo e, sendo eu mesmo, sou aquilo que Ele me criou para ser, logo estou cumprindo a vontade d'Ele. Demais isso, não?

Outra coisa que posso identificar sobre essa coisa de sermos nós mesmo nesse maravilhoso relacionamento é o fato de que nele não há mentiras. Os olhos do Senhor estão a toda a terra, Ele vê o profundo de cada coração, portanto, não importa o que você diga em suas orações ou pensamentos, não há como mentir para Deus. Mas fique tranquilo, Ele não também não pode mentir para você. Toda palavra que sai da boca d'Ele não volta para Ele vazia, é o que está escrito em Isaías 55.11.

Há mais coisas que eu quero compartilhar com vocês, mas eu preciso de mais tempo... falando nisso, tempo em um relacionamento é importante. Com o tempo nós amadurecemos determinadas idéias e determinados sentimentos. E é disso que preciso no momento, amadurecer...

É preciso maturidade para que vivamos plenamente tudo aquilo que um relacionamento com Deus nós permite.

Prometo falar mais sobre isso depois...

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Sobre um hino de louvor a Deus...

Depois de um longo tempo de silêncio, cá estou eu novamente. Confesso que não foi somente o "silêncio anunciado" que me afastou deste espaço. Sabem, as solicitudes da vida também competem com o Senhor... rsrs. Mas dou glória a Deus por isso. Sei que cabe a mim aprender a lidar com essas novas situações da minha vida e creio que o próprio Deus está me ensinando com relação a esse ponto.

Enquanto não tenho tempo suficiente para me dedicar novamente ao blog, quero deixar os versiculos que estão Romanos 11.33-36. São muito bonitos e sinto que eles merecem uma atenção especial.

Bem, até a próxima.


"Ó profundidade da riqueza
da sabedoria e do conhecimento de Deus!
Quão insondáveis são os Seus juízos
e inescrutáveis os Seus caminhos!
Quem conheceu a mente do Senhor?
Ou quem foi Seu conselheiro?
Quem primeiro lhe deu,
para que Ele o recompense?
Pois d'Ele, por Ele
e para Ele são todas as coisas.
A Ele seja a glória para sempre!
Amém."

sábado, 3 de janeiro de 2009

Sobre um silêncio anunciado


Silêncio. Esse foi o tema da minha primeira postagem aqui, nesse blog. Eu me lembro que eu queria escrever algo sobre as palavras e a nossa falta de atenção com elas. Eu tinha até escrito um soneto sobre isso. Mas, naquele dia, Deus me mostrou um caminho diferente... Ele me mostrou o caminho contrário.
Naquele dia, eu havia visto um vídeo no YouTube que falava sobre o silêncio e sobre manter o coração quieto para ouvir a voz de Deus. E aquilo mexeu comigo. Eu espero não estar cometendo nenhum engano, mas, de cabeça, me lembro que no livro de Apocalipse (eu acho) está escrito que a voz do Senhor ressoa como um trovão. De novo, se não for exatamente assim, peço desculpas.
O que quero dizer é que, nas últimas semanas, venho entendendo que a voz do Senhor ressoa sim como um trovão, mas ela ressoa para aqueles que não querem Lhe dar ouvidos. Pois, para os que estão solícitos a ouvir a Sua voz, ela se torna como uma brisa. Lembram de Elias?
Há vezes em que o próprio Deus nos leva aos lugar silenciosos e desertos. Nem sempre são lugares físicos, mas eles são sempre lugares espirituais. Lugares onde nós aprendemos a desejar ansiosamente pela voz de Deus e pela Sua presença. Esses lugares nos ensinam a esperar por Ele.
Há vezes em que somos nós que decidimos fugir, mas Deus usa nossas escolhas erradas para nos aproximar d'Ele. Basta olharmos para dentro das igrejas. Lá nós encontramos um monte dessas pessoas, que erraram, mas o seu erro as levou em direção a Jesus. O arrependimento levou-as a ouvir a Sua voz.
Bem, se você estiver interessado, basta procurar a postagem no arquivo do blog.
Em síntese, estou maravilhado com a maneira como Deus age na nossa vida. Sabe, eu tenho passado por esse silêncio e vejo que este foi um silêncio anunciado. Lá no principio, na primeira postagem, eu não imaginava o que estava por vir. Tudo o que aconteceu em seguida... as palavras reveladas e as pessoas que Ele colocou no meu caminho... pessoas que, mesmo estando próximas de mim, me eram distantes... vai entender uma coisa dessas?
Eu vejo um propósito nisso. Creio que Jesus está me ensinando a ouvir ao invés de falar (e, consequentemente, a falar quando é necessário), a aquietar o coração para ouvir a sua voz, a apenas sentir a Sua presença. O que Ele quer de mim é que eu apenas esteja focado n'Ele. Ele quer isso de nós, na verdade...
Pois o caminho que nos leva a estar no centro da Sua vontade, o caminho que nos leva a Sua presença... o caminho que nos leva ao Seu AMOR... o caminho que nos leva a terra prometida, passa pelo deserto...
Engraçado, eu não pretendia escrever nada disso hoje. Mas as palavras brotaram, apesar eu ter certeza de que elas não fazem jus à complexidade da situação. Eu apenas pretendia compartilhar uma música. E faço isso agora. A música é "I am Yours", de Misty Edwards, e ela tem falado muito ao meu coração.






Letra e tradução:

Though I sleep, my heart is awake
[Embora eu durma, meu coração está acordado]
Though It’s night, on You I wait
[Embora seja noite, em Ti eu espero]

It’s been a long night, and I am weary
[Tem sido uma longa noite, e eu estou cansado]
It’s been a long time, and I am hungry
[Tem sido um longo tempo, e eu estou faminto]

So l wait in the stillness again
[Assim eu espero de novo]
I wait in the quiet again
[Eu espero no silêncio novamente]

For when I heard Your voice
[Pois quando eu ouvi sua voz]
When You said my name
[Quando voce disse meu nome]
When I heard Your voice
[Quando eu ouvi sua voz]
My heart it yearned
[Meu coração ansioso ficou]

In the middle of the night (3x)
[No meio da noite]
My heart it yearns(repeat)
[Meu coração ansioso ficou]

Though You’re far away, still I’m here to say
[Embora Voce esteja tão longe, continuo aqui para dizer]
“I am Yours, I am Yours”
[“Eu sou Teu, eu sou Teu”]
And when You feel so far away, still I am here to say
[E quando parece que estás longe, permaneço aqui para dizer]
“I am Yours, I am Yours”
[“Eu sou Teu, eu sou Teu”]

And I pay my vows, no turning around
[E eu pago meus votos sem dar voltas]
I burn the bridges that can’t be found(repeat)
[Eu queimo as pontes que não podem ser encontradas]
For when I heard Your voice
[Pois quando eu ouvi sua voz]
And You said my name
[E Voce disse meu nome]
When I heard Your voice
[Quando eu ouvi sua voz]
My heart it yearned
[Meu coração ficou ansioso]
For You
[Por Ti]